O xadrez é o jogo mais antigo do mundo que conhecemos, nem se sabe ao certo sua origem, citações colocam como China, Índia ou península da Arábia suas origens, a mais provável conta uma lenda árabe que o sábio brâmane Sisso queria moralizar o rei cruel Shahrâm, o sábio queria que o tirano entendesse, através do jogo, que o rei precisa, nas suas estratégias políticas e militares, de todas as partes do povo, mesmo as mais humildes. Começo com esta pequena história do xadrez para explorar neste trabalho a influencia que a psiquiatria pode ter no desenvolvimento do indivíduo dentro do tema: Xadrez na escola.
Piaget escreve a respeito dos jogos na infância para a formação do adulto, segundo ele: “O jogo constitui o pólo extremo da assimilação da realidade no ego, tendo relação com a imaginação criativa que será fonte de todo o pensamento e raciocínio posterior” (Piaget, 1975, pág. 162)
No documento oficial da Educação Física, o PCN (Parâmetros curriculares nacionais), trás na sua página 15 a seguinte escrita: “trazer uma proposta que procure democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar, de uma visão apenas biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos.” Está visão mais ampla da educação mostra que as aulas de educação física e principalmente do xadrez podem contribuir decisivamente na formação de um pensamento mais humano e cooperativo que a aprendizagem do jogo pode trazer aos seus praticantes, e principalmente representa uma interação com todas as áreas do conhecimento em que o aluno poderá se beneficiar. Também podemos pressupor que cognição é uma habilidade para o qual pouco importa a aptidão motora ou a rapidez de sua execução, mas sim enfatiza “saber o que fazer” não importando se executado de forma rápida ou suavemente, como grandioso exemplo temos o xadrez, que o desafio é decidir qual peça mover e para onde movê-la a fim de maximizar as chances de vitória, pois o que importa é a decisão ou estratégia sobre movimento a ser realizado, desenvolvendo o raciocínio mental (Schimidt, 2001).
Um ponto importante no desenvolvimento do xadrez na escola e na troca com o Outro, e a inversão da relação entre pessoas com capacidade física mais desenvolvida e daqueles que não conseguem desenvolver suas habilidade motoras, pois como no jogo o aluno utiliza sua capacidade de concentração, memória e raciocínio este aluno pode adquirir habilidades cognitivas e obriga a focalizar a atenção em apenas um único ponto ate achar o melhor caminho para vencer o adversário, tento também como conseqüência em algumas oportunidades a lidar com a derrota ou a adversidade, experiência inevitável para nós (Bernwallner, 2005).
Prof. Ricardo Brito |
O professor Ricardo Brito, aliou todas essas vantagens, à pratica da reciclagem e confeccionou os tabuleiros e peças de xadrez com material reciclável, juntamente com alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental.
A prática do xadrez se tornou constante na escola, não só nas aulas de Educação Física, como no recreio e outros intervalos....
Aula de xadrez - 8ª A |
Hora do recreio.... |
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8ª B |
Adélio e Matheus |
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